Por trás do consumo

A sexta-feira passou, mas o Black Friday continua! Se tornou Black Week, e diante da crise, algumas empresas pretendem estender o evento até o mês de dezembro como estratégia para atrair/seduzir o consumidor neste fim de ano. Em meio a isso, já ouvi em muitas palestras o discurso de que hoje as marcas não vendem mais produtos, vendem sonhos (uma definição também ultrapassada), mas ainda assim que me faz questionar: que sonhos são esses?

No curso “Marketing com Significado” que começou nessa quinta-feira (26), organizado pela Euzaria, o empreendedor e facilitador carioca Eric Eustáquio exibiu o video abaixo, produzido pela Box 1824. Vale o play e 10 minutinhos para refletir.

Já parou pra pensar que cada compra que fazemos estamos concordando com tudo que existe por trás dela? O processo de produção – tenha ou não o uso de mão-de-obra escrava -, a exploração de recursos naturais, os padrões estabelecidos pela mídia, e uma série de outros fatores que compõe essa enorme cadeia, que vai desde a matéria prima até o descarte do produto quando não tem mais serventia pra nós. Somos coresponsáveis por muito mais do que enxergamos através das vitrines, smartphone, computador, televisão, revistas…!

É difícil se ater a todos os quesitos. A maioria das empresas não se importam (ou fingem se importar) e muitas delas monopolizam o mercado, nos fazendo reféns. Mas sabe aquela frase “Quem quer arruma um jeito, quem não quer arruma uma desculpa”? Pois é. Nos manter em posição de vítimas seria muito cômodo e o que a gente quer mesmo é ser protagonistas dessa história e apoiar os esforços que entendemos como éticos, certo?

Comprar é bom, mas comprar com consciência é ainda melhor. Para o bem do planeta, da nossa mente e saúde financeira. Se questione! “Eu preciso disso?”, “Por que quero comprar isso?”, “Como essa peça foi produzida?”. O segredo está aí, seja qual for a sua escolha final. Porque assim a gente começa a tirar o consumo do impulso, manipulação e reafirmação do nosso papel na sociedade (status, ego, vaidade e expectativas) para tornar algo consciênte.

E longe de mim ser hipócrita! Ainda compro produtos e em lojas que não tem como princípio tudo que admiro. Parei de comer carne há 5 anos por pesquisar sobre a forma de abate, mas ainda uso algumas bolsas e sapatos de couro e produtos testados em animais. E por mais que contar isso aqui no blog me exponha e pareça incoerente, não posso deixar de ser sincera com vocês, e compartilhar além do que seria conveniente. É um papo entre amigas.

Estou no processo. Vamos comigo?

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