Ouço muita gente dizer que não gosta de livros de autoajuda. Eu preciso admitir: são os meus preferidos. Sempre gostei de refletir, analisar comportamentos e me conhecer melhor. Não encaro como um livro que vai me dizer o que fazer, mas de repente, vai me fazer enxergar melhor o que já estava ali mas precisava de um clique pra ser percebido.
Tenho tido sorte! Os dois últimos livros de autoajuda que li foram muito bons pra mim: “A Mágica da Organização” e “As 5 Linguagens do Amor”, de Gary Chapman. E é sobre ele que gostaria de conversar com vocês. Best-seller do New York Times e indicação de três pessoas que conheço – uma delas nem gosta de livros de autoajuda. ;)

Segundo o autor, cada pessoa tem um tanque de amor que, para se sentir feliz e satisfeito, precisa estar cheio! Mas, como encher esse tanque? Nem sempre a forma como expressamos amor, é a forma como o outro necessita de amor. É como tentar se comunicar com alguém que não fala o mesmo idioma que a gente: a comunicação nunca será completa, mesmo que em alguns momentos ambos consigam até estabelecer uma comunicação.
Alguns estudos afirmam que a paixão tem data de validade e costuma durar cerca de 2 anos. Depois desse tempo, os problemas começam de fato a aparecer ainda que exista amor. Mas para que as coisas continuem em harmonia, precisamos aprender qual a linguagem do nosso parceiro.
Falando assim, talvez pareça bobagem, mas enquanto eu lia o livro fui lembrando de situações que dentro de relacionamentos me deixaram felizes ou frustradas, parei pra refletir sobre mim, sobre outras pessoas, outros casais, e olha, foi simplesmente revelador e bem interessante! Sem preconceito, acho que vale a experiência. ;)
Bem, além da criação do “tanque do amor”, Gary identificou 5 padrões de necessidades básicas que cada pessoa pode ter, e que ele denomina como linguagem primária, e que precisa ser identificada para que o parceiro possa entender e praticar algumas ações que podem fazer toda a diferença no relacionamento! São elas: palavras de afirmação, tempo de qualidade, presentes, atos de serviço e toque físico.
Palavras de afirmação: expressar carinho por meio de palavras, afirmando coisas boas sobre o seu parceiro, direta e indiretamente (através dos amigos para que chegue até ele), valorizando suas características e enfatizando qualidades;
Tempo de qualidade: um tempo reservado para o casal. Não simplesmente estarem juntos, mas conversar – olho no olho -, sair para passar, programar juntos uma viagem, fazer um piquenique, ver o sol se pôr, etc;

Presentes: não importa o preço! O valor do presente estará no carinho que ele representa, como uma flor, a aliança, um cartão… no simbolismo dele;

Atos de serviço: atividades necessárias no dia a dia mas vão demonstrar amor e satisfazer o parceiro por meio da dedicação, atitude e compreensão. Pode ser preparar o jantar, ajudar a limpar um espaço da casa, etc. Não pelo serviço em si, mas pelo cuidado que se tem;
Toque físico: essa linguagem não está ligada necessariamente ao sexo, mas ao toque como um abraço, beijo, um carinho na nuca. Tudo isso é essencial para que a pessoa que tenha essa linguagem primária de amor sinta-se valorizado e amado.

É claro que em um relacionamento todas essas linguagens precisam existir, afinal, cada uma tem seu papel e demonstra carinho, mas é justamente isso que Chapman chama de linguagem primária, porque tem sempre aquelas atitudes que encantam de um jeito diferente e são essenciais para cada um de nós; para que a gente fique com o tanque de amor cheio!
O melhor de tudo, é que ler esse livro me fez mergulhar em pensamentos e me conhecer melhor. Entender os meus anseios e até tentar resgatar os motivos que me fizeram enxergar esses atos como demonstração essencial de amor. Foi uma surpresa descobrir que tenho duas linguagens primárias: atos de serviço e qualidade de tempo!
Qual será a sua linguagem de amor primária? :D
Aí só lendo o livro pra entender melhor, fazer o teste e descobrir. Garanto que vale a pena!
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