O vestido da libertação

Não sei se vocês já conhecem o vlog de Julia, o “Jout Jout”. Ela é carioca, jornalista e namora o Caio, que nunca aparece nos videos, mas sempre participa dando opiniões e rindo das peripécias da namorada, que tem um jeito fofo e muito autêntico para falar sobre assuntos bobos ou de utilidade pública, tudo com muito bom humor e verdade!

Eu venho acompanhando todos os vídeos dela e adoro, mas esse aqui de “comprinhas” chamou minha atenção e tem tanto a ver com o que penso e que seria tão bom se todas as mulheres pensassem também… Vale o play! ;)

É claro que tem roupas que valorizam mais o nosso corpo que outras. Tem cor que combina melhor com nosso tom e subtom de pele, estampas e acessórios que ajudam a alongar a silhueta… e é legal quando a gente pode dar preferências a elas. O resultado de um look equilibrado também nos traz mais segurança e eleva a autoestima.

Mas antes de qualquer coisa – moda e proporções -, a gente precisa se sentir bem! Estar feliz e abrir mão de truques e regras para ser fiel ao nosso estilo e coração! Porque moda é forma de expressão e não seria justo se deixar calar por ditaduras.

E daí se tem celulite? Todo mundo tem! Cuide delas se te incomoda, mas não deixe que te incomodem ao ponto de esconder o torneado das suas pernas. Gordurinhas? Quem se importa com elas? Certamente alguém que nem valha a pena ter por perto. Liberte-se!

Ok, eu sei que na nossa cabecinha as coisas não funcionam de um jeito tão simples assim. Existem complexos, traumas, insegurança, mas a gente precisa começar a trabalhar isso para priorizar o que realmente importa e respeitar nossas vontades, gostos e essência. A felicidade é uma das maiores responsáveis por nos deixar mais bonitas e ninguém é feliz se preocupando tanto assim com o que os outros vão achar, né?

Essa é a hora! Que tal começar por aquela peça linda que vive guardadinha no fundo do armário por puro receio? Vamos vestir juntas o nosso vestido da libertação! :D

Li e indico “As 5 Linguagens do Amor “

Ouço muita gente dizer que não gosta de livros de autoajuda. Eu preciso admitir: são os meus preferidos. Sempre gostei de refletir, analisar comportamentos e me conhecer melhor. Não encaro como um livro que vai me dizer o que fazer, mas de repente, vai me fazer enxergar melhor o que já estava ali mas precisava de um clique pra ser percebido.

Tenho tido sorte! Os dois últimos livros de autoajuda que li foram muito bons pra mim: “A Mágica da Organização” e “As 5 Linguagens do Amor”, de Gary Chapman. E é sobre ele que gostaria de conversar com vocês. Best-seller do New York Times e indicação de três pessoas que conheço – uma delas nem gosta de livros de autoajuda. ;)

livro as 5 linguagens do amor gary chapman

Segundo o autor, cada pessoa tem um tanque de amor que, para se sentir feliz e satisfeito, precisa estar cheio! Mas, como encher esse tanque? Nem sempre a forma como expressamos amor, é a forma como o outro necessita de amor. É como tentar se comunicar com alguém que não fala o mesmo idioma que a gente: a comunicação nunca será completa, mesmo que em alguns momentos ambos consigam até estabelecer uma comunicação.

Alguns estudos afirmam que a paixão tem data de validade e costuma durar cerca de 2 anos. Depois desse tempo, os problemas começam de fato a aparecer ainda que exista amor. Mas para que as coisas continuem em harmonia, precisamos aprender qual a linguagem do nosso parceiro.

Falando assim, talvez pareça bobagem, mas enquanto eu lia o livro fui lembrando de situações que dentro de relacionamentos me deixaram felizes ou frustradas, parei pra refletir sobre mim, sobre outras pessoas, outros casais, e olha, foi simplesmente revelador e bem interessante! Sem preconceito, acho que vale a experiência. ;)

Bem, além da criação do “tanque do amor”, Gary identificou 5 padrões de necessidades básicas que cada pessoa pode ter, e que ele denomina como linguagem primária, e que precisa ser identificada para que o parceiro possa entender e praticar algumas ações que podem fazer toda a diferença no relacionamento! São elas: palavras de afirmação, tempo de qualidade, presentes, atos de serviço e toque físico.

Palavras de afirmação: expressar carinho por meio de palavras, afirmando coisas boas sobre o seu parceiro, direta e indiretamente (através dos amigos para que chegue até ele), valorizando suas características e enfatizando qualidades;

Tempo de qualidade: um tempo reservado para o casal. Não simplesmente estarem juntos, mas conversar – olho no olho -, sair para passar, programar juntos uma viagem, fazer um piquenique, ver o sol se pôr, etc;

amor casal skate tempo de qualidade

Presentes: não importa o preço! O valor do presente estará no carinho que ele representa, como uma flor, a aliança, um cartão… no simbolismo dele;

presente

Atos de serviço: atividades necessárias no dia a dia mas vão demonstrar amor e satisfazer o parceiro por meio da dedicação, atitude e compreensão. Pode ser preparar o jantar, ajudar a limpar um espaço da casa, etc. Não pelo serviço em si, mas pelo cuidado que se tem;

Toque físico: essa linguagem não está ligada necessariamente ao sexo, mas ao toque como um abraço, beijo, um carinho na nuca. Tudo isso é essencial para que a pessoa que tenha essa linguagem primária de amor sinta-se valorizado e amado.

mãos dadas

É claro que em um relacionamento todas essas linguagens precisam existir, afinal, cada uma tem seu papel e demonstra carinho, mas é justamente isso que Chapman chama de linguagem primária, porque tem sempre aquelas atitudes que encantam de um jeito diferente e são essenciais para cada um de nós; para que a gente fique com o tanque de amor cheio!

O melhor de tudo, é que ler esse livro me fez mergulhar em pensamentos e me conhecer melhor. Entender os meus anseios e até tentar resgatar os motivos que me fizeram enxergar esses atos como demonstração essencial de amor. Foi uma surpresa descobrir que tenho duas linguagens primárias: atos de serviço e qualidade de tempo!

Qual será a sua linguagem de amor primária? :D

Aí só lendo o livro pra entender melhor, fazer o teste e descobrir. Garanto que vale a pena!

Comportamentoas 5 linguagens do amor, autoajuda, casamento, , namoro, relacionamento

O Boticário: Feliz Dia dos Namorados para heteros e gays

Sem meio termo, o comercial da O Boticário para o Dia dos Namorados se tornou alvo de críticas e elogios! Uns defendem os “bons modos e costumes”, outros aplaudiram de pé o posicionamento da marca, que na minha opinião, mandou bem! Mas confesso que fiquei surpresa ao ver número de pessoas que desaprovou a campanha no Youtube.

Gente, vamos acordar pra realidade! Desde que o mundo é mundo relações homossexuais existem, a diferença é que o povo não saia do armário justamente por não ser aceito. Aí eu me pergunto: as pessoas que são contra a campanha gostariam que todos fossem hetero ou já se sentiriam satisfeitas em tapar o sol com a peneira? Afinal, o que os olhos não veem o coração não sente, né?

Por um lado, evoluímos! E muito do que antes não era aceito, conseguiu ultrapassar barreiras. Mulheres votam; negros ocupam cargo de presidência; gays podem se casar no civil, ops… mas não podem aparecer no comercial de televisão. Hipocrisia, intolerância, receio ou convenção? Bate preguiça só de pensar, mas bola pra frente que esse caminho é longo!

A questão vai muito além da homossexualidade! E sendo bem simplista, está ligado à respeito e amor! Eu não me lembro de um dia sequer que meus pais precisaram me explicar sobre a diferença de cor da pele ou orientação sexual, por exemplo. Mas lembro que eles me ensinaram que eu deveria respeitar as pessoas independente das diferenças! Até porque, ninguém é igual, mesmo tendo características, história de vida e gostos semelhantes.

Desde então, e mesmo quando não tinha total consciência disso, partia do seguinte princípio: o meu direito acaba quando o do outro começa. Não importa se acho algo certo ou errado, moral ou imoral – não estou entrando nesse mérito aqui -, a equação é bem simples: cada pessoa tem direito de escolher o que quer para a sua vida; de ir e vir! Aí me perguntam: você é contra ou a favor do casamento gay? Oxe, e por acaso eu que vou casar pra ter que ser contra ou a favor?

esqueletos3

Vamos ser mais tolerantes, vamos cuidar da nossa vida sem achar que o mundo gira em torno do nosso umbigo. Buscar felicidade e torcer para que outro a encontre também! Que tal fazer da teoria de nos colocarmos no lugar da outra pessoa um exercício, antes de simplesmente julgar? Até porque, se o problema do mundo fosse amar – seja homem ou mulher -, estaríamos curados!

Comportamento, comportamento, Dia dos Namorados, gays, homossexualismo, o boticário, respeito

Moda livre e politicamente correta!

Quando a gente compra uma peça de roupa estamos ajudando a sustentar uma cadeia por trás da sua produção e transportação, pagando todos os custos para que ela esteja ali na loja perto de você, além do material, a costura e até o valor agregado da marca, que é um ponto subjetivo, mas também custa dinheiro, nosso e de quem investe no esforço de marketing por trás de todo planejamento daquela empresa de varejo.

E como ninguém quer levar gato por lebre, é bom se preocupar em entender um pouquinho mais sobre tecidos, de que forma a peça foi tingida, observar a costura da peça – o acabamento no modo geral -, e até sob quais condições ela foi feita, pois muitas empresas mantém através de terceiros a prática de trabalho escravo, direta ou indiretamente. E eu não estou falando sobre produtos “made in China”, porque nem tudo que vem de lá é feito dessa forma.

Mas a gente pode tentar se precaver com ajuda de ferramentas de pesquisa como aplicativo Moda Livre. Desenvolvido no ano passado (2014) para iOS e Android pela ONG Repórter Brasil  (referência na luta contra o trabalho escravo e na defesa de direitos sociais e ambientais), especialmente para abordar sobre esse assunto tão polêmico!

aplicativo moda livre contra trabalho escravo

Lá a gente encontra importantes empresas do seguimento de moda que foram avaliadas com alto, médio ou baixo nível de envolvimento com o trabalho escravo para a produção de suas peças. Além de reunir notícias sobre o assunto, ligados ou não especificamente às empresas, etc. Como os exemplos abaixo, sobre a C&A (sem envolvimento) e Zara (com envolvimento intermediário):

trabalho escravo cea e zara

Quem gosta e estuda sobre moda, vale a pena baixar e conferir! O app é gratuito. ;)

Bem, segundo a ONG, a ideia não é boicotar empresas e “beneficiar outras”, mas ficarmos cientes e buscar que elas regulamentem o processo de produção de suas peças, ainda que esse seja feito por intermédio de terceirizadas.

E já que estamos falando sobre consumo consciente, e foi através da jornalista Márcia Luz que conheci o Moda Livre, aproveito para divulgar que dia 06.06 ela vai ministrar o Workshop Moda, Consumo Consciente e Autoestima, no Espaço Holambras, das 10h às 12h. Quem tiver interesse, confira todas as informações abaixo e inscreva-se!

IG workshop marcia luz

Vamos? :D

Comportamento, Modaaplicativo, moda consciente, moda livre, repórter brasil, trabalho escravo

Look do dia é pura futilidade e exibição!

A maioria dos blogs de moda e lifestyle tem a tão comentada tag look do dia. Algumas pessoas criticam e acham que é pura futilidade e exibição. Eu adoro, apesar de ter poucos por aqui. E que diferença faz se a roupa que a pessoa está usando é vista na rua ou através da internet? Não existem também revistas de moda e seus editoriais? Porque isso não pode se tornar mais real e acessível? Estamos na era digital!

look do dia amanda dragone foto michele rodrigues 2

A questão é simples: se a roupa que a gente usa não fosse para ser vista, nós perderíamos parte da motivação para fazer diversas escolhas, afinal, a moda sendo vista como forma de expressão, se não temos com quem nos comunicar, perde um pouco da graça, né? Eu mesmo andaria basicamente de pijama, hahaha!

look do dia amanda dragone foto michele rodrigues 4
– Nery, artista plástico talentoso e muito gente boa. Obrigada!

É claro que nesse caso de look do dia existe uma linha tênue entre o exibicionismo e a comunicação, mas depois que compreendido o perfil de cada pessoa, existe uma diferença enorme entre se vestir para os outros e compartilhar o que vestimos.

Quando coloco um look do dia no ar, não estou dizendo que sou referência no assunto, mas que assim como você, tenho o meu estilo e estou dividindo escolhas, experiências e dicas. Coisas que funcionaram pra mim, também podem funcionar pra você caso a gente tenha algo em comum, como gostos, biotipo, estilo de vida, etc.

look do dia amanda dragone foto michele rodrigues 6

E não precisa ter blog pra isso! Basta sentir prazer em desenvolver um estilo pessoal que deixe transparecer parte da sua personalidade, e provavelmente você vai ter vontade de falar sobre o assunto ou que as pessoas saibam das suas preferências através do seu visual. Blog é só um veículo pra você continuar sendo quem você é; nada de especial ou que exija especializações. É como uma conversa na mesa de bar ou na fila do cinema.

look do dia amanda dragone foto michele rodrigues 5

Seus amigos não veem o que está vestindo, e se gostam, até perguntam onde você comprou e elogiam? Então, é a mesma coisa! E eu acho o máximo isso, porque eu também aproveito para pegar as dicas deles e das leitoras do blog, além de servir de lição pra mim.

look do dia amanda dragone foto michele rodrigues 1

Consultoras de moda vivem falando para seus clientes fotografarem o look em frente ao espelho. Assim a pessoa vai criando uma noção maior sobre o próprio corpo, o que funciona melhor para ela, além de registrar uma combinação que deu certo e pode ser repetida. Ótimo para falta de tempo ou crises de “não tenho roupa”!

Quantos looks já coloquei no ar, no Instagram ou aqui, e depois de um tempo olhei e pensei: huuum, não estava legal… não usaria mais isso, ou, dobraria a barra da calça de outro jeito. É uma experiência de autoestima e conhecimento. Nada de futilidade! Até porque, se formos apontar cada coisa e julgar dessa forma, a vida não vai ser nada leve.

look do dia amanda dragone foto michele rodrigues 3

Blusa: made in guarda-roupas da mãe
Short: Rosa Chá (ganhei da marca)
Sandália: Via Maria (presente dos sogros)
Maxi brinco: Vinícius Cerqueira para Algaszarra
Bracelete e bolsa: Algaszarra

Pense nisso, e se mudar de ideia, poste seu look do dia também! E faça o favor de me marcar que eu vou adorar ver, heim?! :D

Fotos: Michele Rodrigues

Cafona é não repetir roupa!

Não existe nada mais cafona na moda que não repetir roupa. Para mim é o mesmo que dizer: meu dinheiro e tempo valem menos que a opinião dos outros. E vem cá… quem são esses outros com uma mentalidade tão pequena assim? Me desculpem as mulheres que se arrumam para outras mulheres, mas eu me arrumo para mim!

Estar vestida com peças que me representam é meu maior prazer, seja nova ou usada muuuitas vezes! Ou até já usada por outras pessoas. Não é segredo que eu adoro brechó e vivo garimpando peças antigas no guarda-roupas de minha mãe. Algumas chegam a ter mais de 30 anos, com carinha de 2 meses.

Adoro fazer diferentes combinações, desafiar a minha criatividade e fazer valer a pena principalmente o tempo que gastei escolhendo aquela peça e pensando se ela entraria no meu guarda-roupas de forma coordenada.

O engraçado é que muitas condenam a “amiga” que repete roupa, mas consideram celebridades como Kate Middleton e Olivia Palermo “gente como a gente” quando elas fazem isso. Qual a lógica? Porque são ricas, se repetem roupa é por opção, não porque não tem dinheiro. E se nós repetimos, é porque somos pé rapados?

LOOK OLIVIA PALERMO SHORT ONÇA

Quer mesmo saber? Quanto mais a gente observa a moda, menos temos a necessidade desenfreada de comprar. Porque passamos a entender que o valor não está na quantidade, mas na qualidade subjetiva de cada peça para o nosso estilo de vida.

Ainda mais nos dias de hoje, que somos bombardeados por informações de tudo quanto é lado – inclusive dos blogs de moda -, precisamos criar consciência quanto ao assunto e saber o limite. Aprender a nadar um pouco contra a maré de uma indústria bilionária que reinventa clássicos para torná-los o novo desejo de consumo a fim de cumprir o seu objetivo: faturar! Inclusive, sendo muitas vezes cruel com o trabalho de pequena escada que não consegue – e nem deve -, acompanha esse ritmo frenético, desenvolvido por estilistas sem patrocínio, costureiras e artesãos.

A moda não é fútil se você não quiser. Moda é autoconhecimento, é autoestima, é forma de expressão. E achar que não deve repetir roupa é careta, é cafona e vai contra um movimento desnecessário para a saúde e condições do mundo em que vivemos.

Nada mais gostoso que aprender a dar valor ao que se tem e ir aos poucos acrescentando novas peças no acervo para fazer a diferença nos próximos looks. Instigar a própria criatividade e investir antes de tudo no estilo pessoal. Pense nisso. ;)

Comportamento, Moda1 peça 3 looks, consumo consciênte, kate middleton, , olivia palermo, repetir roupa

Bege é nude, mas nude não é bege

Vira e mexe a moda dá um novo nome para uma peça/estampa/cor que já conhecemos a fim de dar um ar de novidade e nos instigar a comprar a “nova” tendência. Seguindo essa mesma estratégia, há tempos o bege passou a ser conhecido como nude. Mas quem disse que nude é necessariamente bege?

Comecei a me questionar sobre isso há mais de dois anos, quando procurava junto com uma amiga um scarpin “nude” pra mim. Ela me mostrava algumas opções nas vitrines e eu dizia: esse não é meu nude! E parando pra pensar, não era mesmo.

tirinha armandinho cor da pele nude
– Tirinha do Armandinho –

O nude vem do inglês e significa nu, nudez; o que significa também que, assim como todas as outras cores, ela pode ter variações de tonalidade, e tem. Mas diferente de todas, ela varia de acordo com a pele de cada pessoa. :) Ou seja, nude pode ser bege, pode ser rosado, amarelado e também marrom!

O bacana é que tempos depois a Pantone se atentou para isso e lançou a sua cartela de nude, com mais de 100 tonalidades, levando em consideração a diversidade de raças!

pantone cartela nude

Nada mais justo, né? Por uma moda cada vez mais democrática (nesse e em outros sentidos), com menos limitações e preconceitos!